Cadastro Nacional o filho abandonado
01-Junho 2012
Ouvi grandes e ilustres senhores deste País, comprometerem-se com o Cadastro Nacional, afirmando que o fariam, fixaram prazos e garantiram que o concluiriam dentro desse tempo, como na altura, continuamos a ter cerca de um terço do País com cadastro cartografado, muito desatualizado e subaproveitado.
O Cadastro para ser suficiente a todas as identidades que o utilizam, tem de ser geométrico, já há algumas ideias e vontades de pessoas responsáveis, que devem ser aproveitadas para bem do País. Se não, continuemos com o sistema de avaliações diretas mas, atualizem-nas, ponham cada um a pagar o melhor valor justo.
Fala-se em banco de terras sem se saber o que temos para bancar, aumenta-se os valores do Imposto Municipal sobre Imóveis, (IMI) sem saber como e onde vivem os Portugueses, não é possível gerir um bem se não o conhecermos, todos nós sabemos isso, então, o que se passa? Não querem, ou é só por falta de conhecimento e de comunicação?
Quando os assuntos importantes não são tratados ou são tratados levianamente, aparecem os curiosos ou oportunistas a criarem diversões sobre assuntos sérios e mais uma vez é o que temos, com os Solicitadores a dizerem que fazem o Cadastro sem o conhecerem. Com a crise de trabalho em que o País está afundado, não admira que as pessoas tentem alargar o seu universo de emprego. Precisamos que as pessoas conhecedores do Cadastro se pronunciem, travem mais este fedi-ver e sejam apoiados no seu trabalho.
Fernando Esteves Domingues